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Análise de Lubrificantes


Medição da Viscosidade


Diferentes viscosidades

A técnica viscométrica mais usada na indústria de petróleo é, provavelmente, a medida da viscosidade cinemática mediante viscômetros capilares de vidro. A viscosidade cinemática faz parte do sistema de classificação de viscosidade dos óleos de motores automotivos, óleos de engrenagem e lubrificantes industriais.

A medição da viscosidade é um procedimento relativamente simples dentro de um laboratório. Basicamente consiste em inserir o lubrificante num tubo capilar, previamente calibrado, e medir o tempo que ele demora para encher o bulbo entre dois meniscos. Multiplica-se o tempo medido pela constante do tubo e tem-se a viscosidade na temperatura desejada.

O método ASTM D-445 é o mais reportado pelos laboratórios. Ele descreve todas as condições para que o teste seja efetuado, a repetibilidade, a reproducibilidade e alguns tubos capilares para líquidos opacos e ransparentes que podem ser utilizados. A norma também é clara no que diz respeito a seleção dos tubos capilares que podem a serem utilizados para determinação da viscosidade do lubrificante. O método também indica que é possível utilizar qualquer tubo capilar disponível no mercado, desde que sejam respeitadas as condições de teste e as precisões determinadas. Isso explica a variedade de tubos e equipamentos manual, semi automática e automáticadisponíveis no mercado.

Os tubos capilares mais utilizados para medição manual mais utilizados são os do tipo Cannon-Fenske para líquidos transparentes e opacos Eles são muito utilizados em laboratórios de P&D.

Os equipamentos semiautomáticos nem sempre utilizam os mesmos tubos descritos pela norma. Alguns fabricantes desenvolvem modelos próprios de tubos capilares para serem utilizados em seus equipamentos. Nestes equipamentos o técnico adiciona a amostra no tubo e dispara o sistema, que faz a medição da viscosidade, a limpeza e a secagem do tubo, deixando-o pronto para a próxima análise. Estes equipamentos são muito utilizados em laboratórios de prestação de serviços. Os equipamentos automáticos diferem dos semiautomáticos no que diz respeito à manipulação da amostra. Nos automáticos a amostra é adicionada em um recipiente, que é colocado num “carrossel” e o sistema se encarrega do restante. Estes equipamentos são mais caros, e por isso, menos utilizados. Os viscômetros do tipo Houillon (ASTM D-7279), dão bons resultados com tempos menores de análise.

Os três tipos de equipamentos são muito bons se bem conservados. Já visitei alguns laboratórios e vi os tubos capilares bem sujos em condições lastimáveis. Os tubos estavam tão impregnados de sujeira que não era possível ver o óleo dentro deles. A manutenção é importante e tem que ser feita periodicamente. Os itens que devem ser incluídos na manutenção são, no mínimo:

  1. Troca do óleo do banho, se estiver turvo ou sujo;
    Caso o óleo esteja turvo, pode-se aquecer o óleo a 100°C para evaporar a umidade presente no óleo. Se mesmo assim continuar turvo, o melhor é fazer a troca.
  2. Limpeza interna dos tubos;
    A limpeza interna do tubo pode ser feita com solução sulfocrômica sempre que os tubos ficarem com as paredes impregnadas de sujeira.
  3. Verificação do controle de temperatura;
    O controle de temperatura é muito importante porque ele afeta diretamente a medição da viscosidade. Utilize um termômetro externo calibrado e faça a verificação da temperatura em prazos pré-determinados.
  4. Verificação da constante dos tubos capilares;
    Diariamente, deve-se fazer a medição da viscosidade de um óleo de referência e, quando os resultados estiverem fora dos limites de controle (pressupondo que o CEP esteja implementado no laboratório), fazer a limpeza do tubo e a recalibração.
  5. Calibração dos tubos capilares
    A calibração deve ser feita sempre que:
    • Pré-determinados pela gestão do laboratório.
    • Sempre que o CEP indicar a necessidade de recalibração
    • Sempre que o óleo de referência estiver fora dos limites da carta de controle.
Alguns aspectos importantes da medição da viscosidade

A viscosidade de um lubrificante é influenciada por contaminantes internos e externos ao sistema. O aumento da viscosidade pode indicar oxidação do óleo, presença de fuligem, contaminação por outras partículas estranhas, degradação de aditivos ou evaporação dos componentes leves do óleo básico. A diminuição da viscosidade pode indicar diluição por combustível, degradação térmica ou de cisalhamento dos componentes do lubrificante de alta viscosidade, como dos melhoradores de índice de viscosidade, ou mistura com um lubrificante de viscosidade mais baixa.




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